Hoje, nos preparamos cedo, pois deveríamos estar prontos à partir das 7:50 para aguardar a van do nosso passeio para o Valle del Colca. A van chegou às 8:20 e o nosso guia para o dia seria o Roosevelt. O nosso grupo se constituiu de 8 passageiros: nós, um peruano casado com uma americana, um casal de franceses e 2 dinamarquesas.
Levamos um bom tempo para sair de Arequipa até pegarmos a mesma estrada na qual havíamos chegado no dia anterior. A única diferença e, para nossa total surpresa, é que havia nevado aos 4 mil metros. A paisagem estava totalmente diferente do dia anterior, estava esplendorosa. O único detalhe ruim é que se formou um congestionamento enorme numa praça de pedágio, além de um acidente com um ônibus, atrasando a nossa viagem em 1 hora. De qualquer forma, como o trânsito estava muito lento, descemos mais de uma vez da van para tirarmos fotos na neve e dos vulcões Misti e Chachani que também são vistos da cidade de Arequipa.
Passado o congestionamento, a nossa próxima parada foi na formação rochosa Puruña. É uma formação fascinante.
Tiramos fotos e seguimos viagem até o miradouro dos vulcões que fica à 4910m de altitude. Neste lugar, além da vista dos vários vulcões, podemos avistar a montanha Mismi, onde nasce o rio Amazonas. Também são vistas várias pedras empilhadas como forma de oferendas que os moradores atuais da região ainda repetem esta mesma tradição de seus antepassados incas.
Mais adiante, paramos num lugar onde pudemos ver uma planta que parece uma rocha verde – a yareta. Ela é encontrada somente de 4 à 5 mil metros de altitude. Cresce 1mm por ano, portanto as que vimos poderiam ter facilmente mais de 700 anos segundo o guia.
À partir de agora, começamos a descer até chegarmos à 3652m de altitude na principal cidade do Valle del Colca – Chivay – para almoçarmos no “Restaurant Urinsaya” – bufê de comida andina.
Às 15:00, partimos para o vale propriamente dito. Este vale tem paisagens maravilhosas. É cortado pelo rio Colca e, de ambos lados, são encontradas pequenas cidadezinhas de 1800 habitantes em média que vivem basicamente da agricultura, plantando batatas, quinua, cevada, entre outros. O modo de cultivo em “terrazas” é ainda uma herança dos incas.
Vimos várias coisas interessantes, entre elas, uma pedra com uma espécie de maquete que reflete como são os campos de plantio do outro lado do rio. Nesta pedra, são feitas oferendas para que tudo ocorra bem com o próximo cultivo. Vimos também pequenas lagoas que são usadas para se fazer oferendas para a pachamama (mãe terra).
A nossa última parada foi na Cruz del Condor, onde observaríamos o pôr-do-sol sobre o Cañon del Colca, mas as nuvens impediram que pudéssemos vê-lo.
Fomos instalados numa pequena cidadezinha chamada Cabanaconde, no “Hotel La Posada Del Conde”.
Jantamos com o grupo às 20:00, com exceção das 2 dinamarquesas que não estavam bem por causa da altitude. Conversamos bastante e, às 22:00, todos se recolheram.